quinta-feira, 30 de julho de 2009

Uma experiência desconhecida



A maior dificuldade em começar esse post é descobrir como escrever a próxima frase sem parecer pedante. Mas vamos lá, quem me vê logo me classifica como alguém de um bom nível. Do tipo que entra nas lojas e as vendedoras fazem questão de tratar bem, pois percebem que pode rolar uma boa compra.

Enfim, uma bela tarde, não faz muito tempo, uma amiga Domme aqui do Rio me ligou. Tinha uma tarefa para mim. Ela tinha encomendado um sapato de salto agulha numa boutique em Ipanema, que tinha chegado. Ela havia dito na loja que mandaria um empregado pegar. E o “empregado” era eu.

Nome da gerente anotado, parto eu para a loja. Entro, pergunto pelo nome e ela se identifica. “Vim pegar o sapato da Dona XX”, disse, ao que ela me manda esperar.

Volta com a caixa, arruma o embrulho sem me olhar, e me entrega, com um seco “pronto”. Nada de frescuras, nada de levar até a porta, nada de oferecer balinha, nenhum dos agrados habitualmente dispensados aos clientes. Eu era apenas um empregado da Dona XX.

Foi perturbador, nunca poderia imaginar isso. As gentis vendedoras do comércio mais elegante da cidade me mostraram sua arrogância e desprezo. E eu senti na pele minha condição de submisso, mesmo estando longe da Dominadora que havia me posto naquela situação.

E essa foi a parte gostosa. Mesmo de longe, estava sendo dominado, e de certa forma tendo minha condição de servo inferior reforçada. Pior, saberia que não A veria, pois minhas ordens eram para deixar a sacola, na portaria do Seu prédio.

Foi uma experiência nova, estranha mas interessante. Acho que qualquer dia desses vou comprar um uniforme de motorista.

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